18 de abril de 2009

O que irá nos acontecer

O Brasil tem a patente de uma tecnologia barata e de fácil desenvolvimento, capaz de produzir água doce a partir da água dos oceanos. Ou seja: a temerosa escassez de água não é tão temerosa assim, você sabia? Eu não fazia nem idéia disso, mas quem contou foi o jornalista e professor Márcio Pugliesi, filósofo, advogado e professor da PUC-SP.

Ele esteve batendo um papo hoje (18) com o jornalista Heródoto Barbeiro e com os especialistas em Relações Internacionais Salem H. Nasser (FGV) e Gunther Rudzit (Faap) no teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (SP).

O debate precedeu o lançamento do livro “
O novo relatório da CIA, como será o amanhã” (Geração Editorial, 192 págs., R$ 29,90), com introdução assinada pelo Heródoto. Só que a conversa não foi sobre o livro em si, mas sim sobre os principais pontos do relatório.

Mas que raio de relatório é esse?

Trata-se de uma produção do
National Intelligence Council (NIC), grupo formado por 16 agências de inteligência. Uma delas (e a principal) é a CIA. Você sabia que os EUA têm esse monte de agências de inteligência? Nem eu.

Enfim, esse relatório é o quarto produzido pelo NIC e segundo publicado no Brasil. Nele é apresentado o que esse grupo e mais um monte de especialistas americanos e não americanos projetam para o mundo até 2025.

Muito bacana de ler – mas SEMPRE usando a crítica, como lembra Salem Nasser. “Ao produzir e divulgar essas informações se quer também influenciar os acontecimentos que moldarão o futuro.”

Vou ler, depois eu conto.

5 de abril de 2009

Balada multi

Falaram muito da qualidade multimídia do Skol Sensation, que rolou neste 4 de abril, no Anhembi. Foi um evento multi tudo.


Quando você comprava o convite, levava junto dois passes de metrô. Quem optou pelo transporte público contou com ônibus grátis que levavam a galera da estação Tietê para o Anhembi. Esperto quem fez isso. Eu não fiz e na volta fiquei parada com milhares de pessoas num tremendo congestionamento, logo às 7h da manhã.

Achei bem medida a quantidade de caixas e bares, e uma alternativa bacana os carrinhos – tipo os que vendem sorvete na praia – que se embrenhavam no meio da pista vendendo cerveja.

Não vi nenhuma confusão, muito pelo contrário. O branco das vestes contaminou o espírito da balada. A paz reinou em meio a sonzeira misturada ao alucinante show de imagens, luzes, chafarizes d’água e performances de dançarinas, contorcionistas e seres fluorescentes – algumas atrações lembravam o Cirque du Soleil.



Enquanto tô aqui escrevendo sobre o evento, vejo no Twitter link para a crítica da Rolling Stone. Discordo geral. Pro meu gosto a atração fez jus à propaganda, cumpriu a promessa de experiência inédita.

Em termos musicais, gostei muito da apresentação de Fedde Le Grand e, mais tarde, de Ferry Corsten, mas o auge da balada foi o Megamix – meia hora de clássicos da música eletrônica. Quem participou do “movimento” lá nos idos de 1998 / 2000, foi ao delírio nessa meia horinha.


Como disse lá em cima, a estrutura armada foi mega e multi. Só duas coisas me pareceram estranhas. Primeira, a entrada com chiclete, pirulito e bala (as legais, ok?) era proibida (!?!). Logo no portão a mocinha que me revistou cutucou meus bolsos, mexeu na bolsinha que eu levava e perguntou “vc tá levando halls, chicletinho, pirulito...?”. Não entendi...

A segunda foi a falta de lixeiras, zero lixeira na balada (salvo nos banheiros). Sem ter onde deixá-los, os copos plásticos foram direto pro chão. No acender das luzes, lá pelas 6h, o piso do Anhembi fora coberto por um tapete de copinhos.

fotos 1, 2 e 3: divulgação
foto tapete de copinhos: eu, do celular